Em meio a diversas inovações tecnológicas que chegaram no campo, a colheita mecanizada é uma das soluções que mais agilizam o processo produtivo da lavoura.
Com máquinas e equipamentos adequados, o produtor rural consegue realizar a colheita de forma mais rápida e extrair produtos de melhor qualidade.
Neste artigo, vamos explicar o que é colheita mecanizada, como ela funciona e quais são suas principais vantagens.
Acompanhe a seguir!
O que é colheita mecanizada? Como funciona?
Em síntese, a colheita mecanizada consiste em um sistema de colheita, em que não há a necessidade de utilizar o trabalho manual e braçal.
Sendo assim, a colheita mecanizada é executada por meio das colhedoras e equipamentos como carretas de transbordo, cortadoras, entre outros.
Na prática, essas máquinas são conduzidas por tratoristas e operadores de máquinas que realizam, em sequência, as operações de corte, trilha, separação, limpeza e armazenamento.
Entre as culturas que utilizam a colheita mecanizada estão:
- Café;
- Cana-de-açúcar;
- Tomate;
- Mandioca;
- Algodão;
- Soja;
- Milho.
O que é preciso considerar para viabilizar a colheita mecanizada?
Para realizar a colheita mecanizada, a lavoura precisa atender as especificações das máquinas, como por exemplo:
- O terreno não pode ter uma declividade superior a 15% ;
- Exige-se que o espaçamento entre linhas deve ser de 3 metros;
- O espaçamento mínimo entre as plantas dever ser entre 0,5 e 0,7 metros;
- Todos os obstáculos entre as linhas devem ser retirados;
- Recomendam-se linhas com comprimentos maiores para reduzir o número de manobras;
- Indica-se carreadores de, no mínimo, 6 metros;
- Plantas com altura máxima de 3 metros e galhos com distância mínima de 40 centímetros do solo.
Vale ressaltar que essas especificações podem variar conforme o modelo da colhedora utilizada.
Entretanto, é importante lembrar que para utilizar essas máquinas, é necessário planejar a safra e os talhões para alcançar o máximo de produtividade na colheita.
Cuidados para evitar perdas na colheita mecanizada
Alguns cuidados podem ser observados para evitar perdas na colheita mecanizada. São eles:
- Mantenha as máquinas e colheitadeiras sempre prontas e à disposição antes de iniciar a colheita;
- Escolha a máquina correta para realizar a colheita da sua lavoura. Considere o tamanho da área de plantio, tipo de produção e o tempo disponível para completar a colheita;
- Invista na regulagem da colheitadeira. Para isso, mantenha as barras de corte afiadas e reguladas, calibre o sistema de trilha para evitar muitas folgas, ajuste a peneira e o ventilador, lubrifique e conserve todos os componentes limpos para cada safra;
- Treine e capacite os condutores das máquinas. Apresente informações detalhadas sobre o maquinário, corte, alimentação, limpeza e descarga.
Quais são as máquinas utilizadas na colheita mecanizada?
As máquinas utilizadas para a colheita são as colhedoras, mais conhecidas como colheitadeiras. O trabalho dessas máquinas, geralmente, envolve muito mais que uma simples colheita.
Na prática, as mais modernas entregam o produto praticamente pronto — ou seja, picado, debulhado, soprado e disponível para armazenamento ou processamento industrial.
Existem máquinas de colheita para diversos tipos de cultura.
Em geral, as mais conhecidas são as colheitadeiras para grãos e cereais, que se diferenciam devido às culturas envolvidas na colheita. São elas:
- Colheitadeira para milho e girassol;
- Colheitadeira para arroz, trigo, aveia, linhaça, cevada e soja.
Contudo, ambas realizam quatro operações: cortar, trilhar, separar e limpar.
Já em relação ao funcionamento, a colheitadeira pode ser classificada das seguintes formas:
- Automotriz: realiza todas as operações que compõem a colheita;
- De arrasto: contém um motor auxiliar ou é tracionada por um trator agrícola;
- Montada: precisa sempre de trator agrícola para o seu funcionamento.
Vale destacar que no Brasil, as marcas de colheitadeiras mais utilizadas são John Deere, Case IH, Valtra, Massey Ferguson, New Holland e Fendt. Cada uma possui características técnicas específicas e tecnologias próprias e podem ser encontradas com o valor médio de R$ 2 milhões.
Como implementar a colheita mecanizada?
A implementação de uma colheita mecanizada é realizada por meio de algumas medidas específicas. Dentre as principais, estão:
- Limpeza do talhão (remoção de tocos e pedras);
- Planejamento de áreas de manobra;
- Carreadores;
- Espaçamento de plantio;
- Sentido de plantio;
- Nivelamento do solo.
Na prática, em colheitas realizadas de forma totalmente mecanizada, o relevo do local deve obedecer a um limite de inclinação de operação das colhedoras. Esse limite varia de acordo com o tipo de cultura e máquinas.
No caso da cana-de-açúcar, por exemplo, o limite de inclinação do terreno para a operação das colhedoras normalmente varia em média entre 8 e 19% de inclinação (conforme os aspectos de projeto das colhedoras).
No mais, antes de realizar a colheita, será necessário garantir o bom funcionamento de todos os sistemas da colhedora por meio de uma boa revisão.
Além disso, durante a colheita, também é importante avaliar as perdas quantitativas e qualitativas por meiode métodos de avaliação de perdas e danos. Afinal, esses dados ajudarão a promover melhores ajustes das regulagens a fim de atingir uma colheita mais eficiente.
Quais são as vantagens da colheita mecanizada?
Entre as principais vantagens de utilizar a colheita mecanizada na lavoura, estão:
- Operação mais rápida;
- Redução de custos;
- Aumento da eficiência;
- Melhor qualidade de produtos;
- Mais segurança e conforto no trabalho;
- Exploração de áreas maiores;
- Redução de perdas.
Conclusão
Neste artigo podemos ver como a colheita mecanizada ajuda a agilizar o trabalho dos produtores rurais e a beneficiar os resultados da lavoura.
Também podemos observar que para utilizar esse método de colheita, é necessário considerar fatores importantes como o tamanho da área plantada, o tipo de cultura, entre outros.
Em resumo, com a ajuda das colheitadeiras, é possível adquirir vantagens consideráveis como redução de custos, aumento da eficiência e melhor qualidade dos produtos.
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Formada em Jornalismo, pós-graduada em Marketing e especialista em Comunicação Digital, atuo como Analista de Conteúdo no AgriQ Receituário Agronômico.
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