O Manejo Integrado de Doenças (MID) combina diversas técnicas e estratégias com o objetivo de minimizar o uso de produtos químicos para garantir a preservação do meio ambiente e a produção de alimentos saudáveis.
Neste artigo, exploraremos os princípios básicos do MID, suas vantagens e como ele pode ser aplicado na produção agrícola.
Acompanhe a seguir!
O que é Manejo Integrado de Doenças?
O Manejo Integrado de Doenças (MID) consiste em uma estratégia que visa controlar as doenças da lavoura de forma eficiente e sustentável, reduzindo os custos e o impacto ambiental.
Na prática, o MID é baseado em três pilares:
- Monitoramento, que envolve a observação regular das culturas para identificar a presença de doenças e pragas;
- Tomada de decisão, baseada nos dados coletados pelo monitoramento;
- Estratégia de manejo, que envolve a implementação das medidas de controle.
Entre as principais estratégias adotadas no controle de doenças, podemos citar:
- Rotação de princípios ativos, evitando o uso do mesmo produto continuamente;
- Utilização de sementes certificadas, sadias e tratadas;
- Plantio e semeadura em épocas mais adequadas;
- Uso de defensivos químicos e biológicos;
- Adubação equilibrada;
- Rotação de culturas;
- Escolha de materiais genéticos mais indicados para a região;
- Eliminação de plantas voluntárias;
- Espaçamento adequado entre linhas e plantas.
De onde surgiu o Manejo Integrado de Doenças?
O MID utiliza um conjunto de técnicas para garantir a proteção de cultivos contra doenças. Essa estratégia surgiu a partir do Manejo Integrado de Pragas (MIP), que associa o ambiente e a dinâmica populacional da praga a estratégias e táticas de controle.
Ao unirmos o MIP com MID, temos o chamado Manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIPD), que reúne todos os métodos de proteção disponíveis para manter o nível populacional da praga abaixo do nível de dano, de forma eficiente, econômica e ambientalmente correta.
Quais são os métodos utilizados no Manejo Integrado de Doenças?
A princípio, o MID busca um equilíbrio ecológico, utilizando uma combinação de métodos que respeitam o meio ambiente e garantem a saúde das plantas.
Sendo assim, entre as diversas estratégias de manejo, podemos citar:
Controle cultural
- Rotação de culturas: consiste em alternar o cultivo de diferentes plantas no mesmo terreno. Com isso, dificulta a sobrevivência de patógenos específicos;
- Eliminação de plantas hospedeiras: retira plantas que servem como reservatório para patógenos, reduzindo o inóculo inicial;
- Plantio em épocas adequadas: ao plantar em períodos adequados, é possível evitar condições favoráveis para o desenvolvimento de doenças;
- Adubação equilibrada: a adubação correta e equilibrada ajuda a fortalecer as plantas, aumentando sua resistência natural às doenças.
Controle biológico
- Utilização de microrganismos benéficos: o uso de bactérias, fungos e outros organismos que competem com patógenos ou produzem substâncias inibem seu crescimento;
- Introdução de inimigos naturais: consiste em usar insetos benéficos que se alimentam de pragas que transmitem doenças.
Controle genético
- Utilização de cultivares resistentes: o cultivo de plantas com características genéticas que as tornam menos suscetíveis a determinadas doenças também é uma estratégia de manejo essencial.
Controle físico
- Solarização do solo: utilização do calor do sol com o intuito de eliminar patógenos presentes no solo;
- Barreiras físicas: impedimento da entrada de patógenos em áreas de cultivo.
Controle químico
- Aplicação de agrotóxicos: fungicidas e bactericidas, aplicados de forma racional e em último caso, para controlar surtos de doenças.
Vantagens do Manejo Integrado de Doenças
Como vimos, o MID é uma estratégia que combina diferentes métodos para controlar doenças. Portanto, oferece várias vantagens, como:
- Sustentabilidade: diminui o uso de produtos químicos, minimizando o impacto ambiental e os riscos à saúde humana;
- Eficiência: por combinar diferentes métodos de controle, aumenta a eficácia e a durabilidade dos resultados;
- Economia: a longo prazo, pode gerar economia para o produtor, visto que reduz os custos com produtos químicos e promove o aumento da produtividade;
- Preservação da biodiversidade: é responsável por proteger os inimigos naturais e a microbiota do solo, colaborando para a manutenção da biodiversidade;
- Aumento da produtividade: o controle efetivo de doenças na lavoura gera um impacto positivo na produtividade;
- Maior rentabilidade: a redução dos custos de produção e o aumento da produtividade contribuem para a rentabilidade do produtor.
Conclusão
O MID é uma ferramenta fundamental para a agricultura. Na prática, ele oferece uma alternativa mais sustentável e eficiente para o controle de doenças em plantas.
Sendo assim, ao combinar diferentes métodos de controle, o MID contribui para o aumento de produções com menor impacto ambiental e maior segurança alimentar para os consumidores.
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Formada em Jornalismo, pós-graduada em Marketing e especialista em Comunicação Digital, atuo como Analista de Conteúdo no AgriQ Receituário Agronômico.
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