Imagem de destaque para artigo sobre assinatura na receita agronômica complementar no Blog AgriQ (Créditos: Zoran Zeremski | Shutterstock)

Assinatura na receita agronômica complementar: como funciona?

Assinatura na receita agronômica complementar: como funciona?

A assinatura na receita agronômica complementar é um dos pontos mais importantes deste novo tipo de receituário, instituído no estado do Mato Grosso em 2024. 

Mas como fazê-la? E quais regras devem ser seguidas para que a assinatura seja válida? 

Neste artigo, vamos explicar o que você precisa saber sobre a assinatura da receita agronômica complementar: modalidades aceitas, as partes que devem assinar o documento e outros tópicos relevantes sobre a prescrição. 

Vamos lá? 

Nos acompanhe para saber mais! 

O que é receita agronômica complementar? 

A receita agronômica complementar é um receituário para prescrição de agrotóxicos exigido no estado do Mato Grosso. A emissão do documento é necessária quando há alterações nos parâmetros técnicos do receituário agronômico original.  

Instituída a partir da publicação da Instrução Normativa (IN) nº 002/2024, a receita agronômica complementar está em vigência desde julho de 2024. Como uma receita adicional, ela é sempre vinculada ao primeiro receituário agronômico, utilizado para a compra do produto.  

Quando é necessário emitir a receita agronômica complementar? 

Segundo a IN nº 002/2024, os casos em que é preciso emitir a receita agronômica complementar são: 

  • Após a aquisição do agrotóxico, mas antes de utilizá-lo na cultura, quando há mudança no diagnóstico da lavoura;  
  • Aproveitamento do agrotóxico, remanescente ou não utilizado durante a safra, para o uso em outras culturas cultivadas pelo usuário final. 

Se a partir do receituário original forem necessárias várias aplicações, o ideal é que seja emitida uma receita antes de cada pulverização. Desse modo, todas as aplicações serão fundamentadas na receita original. 

Ademais, vale ressaltar que a emissão da receita agronômica complementar deve ser sempre feita antes da aplicação do produto na lavoura. 

Quais são os itens obrigatórios para a receita agronômica complementar? 

A receita agronômica complementar deve conter as mesmas informações de um receituário agronômico comum. 

Sendo assim, segundo a IN nº 002/2024, os dados necessários para o documento são: 

  • Data de emissão; 
  • Identificação do usuário (pessoa física ou jurídica), com informações como nome, CPF/CNPJ e endereço; 
  • Identificação do responsável técnico, com informações como nome, CPF e número de registro no órgão profissional; 
  • Endereço da propriedade onde será realizada a aplicação do agrotóxico; 
  • Identificação da cultura e diagnóstico do alvo a ser combatido; 
  • Orientações técnicas para a aplicação do agrotóxico; 
  • Assinatura do usuário e do responsável técnico; 
  • Recomendação para que o usuário leia atentamente o rótulo e a bula do produto. 

Quem deve assinar a receita agronômica complementar? 

Como listamos no tópico anterior, a receita agronômica complementar deve conter, obrigatoriamente, duas assinaturas: a do usuário e a do responsável técnico. Ambas são essenciais para a fiscalização estadual averiguar a responsabilidade técnica da emissão (do profissional) e a ciência do usuário quanto às informações prescritas na recomendação. 

No contexto da receita agronômica complementar, o usuário é a pessoa física ou jurídica que adquire agrotóxicos. Já o responsável técnico é o profissional legalmente habilitado a emitir o receituário.  

Segundo a legislação brasileira, três profissionais podem ser os responsáveis técnicos pela emissão de receitas agronômicas complementares:   

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Como assinar a receita agronômica complementar? 

Para assinar a receita agronômica complementar, o usuário e o responsável técnico podem optar pela assinatura a punho ou pela assinatura eletrônica.   

A escolha da modalidade de assinatura — que deve ser apenas uma por receita — deve levar em consideração os seguintes fatores:  

  • Forma de prescrição da receita (via documento físico ou de forma digital);  
  • Preferência das partes (usuário e responsável técnico) por uma modalidade específica (assinatura manuscrita, assinatura eletrônica ou assinatura digital). 

 Vamos explicar mais sobre cada um desses tópicos abaixo. 

Forma de prescrição da receita 

A prescrição da receita agronômica complementar pode ser feita de diferentes formas.

Sendo assim, caso a prescrição da receita seja feita de forma manual, a assinatura do usuário e do responsável técnico será manuscrita.  

Já no caso da prescrição de forma eletrônica, feita por meio de uma plataforma online ou com o uso de um software de edição de texto (como Microsoft Word, Google Docs etc), há duas opções:  

  • Se a receita for impressa, pode-se optar pela assinatura manuscrita;  
  • Se for preferível manter a receita em arquivo digital, é possível utilizar a assinatura eletrônica ou a assinatura digital. 

Modalidades de assinatura 

Vamos agora entender o que é cada uma das modalidades de assinatura: 

  • Assinatura a punho: é a assinatura manuscrita, conforme registrado no documento de identidade da pessoa física; 
  • Assinatura eletrônica (também chamada de assinatura eletrônica simples): assinatura realizada por meio de um dispositivo eletrônico que utiliza dados e evidências digitais para identificar e comprovar a autenticidade do signatário; 
  • Assinatura digital (também chamada de assinatura eletrônica qualificada): tipo de assinatura eletrônica que obrigatoriamente utiliza certificado digital, um documento que funciona como uma identidade eletrônica única do signatário.  

No caso da assinatura eletrônica e da assinatura digital, ambas as modalidades possuem leis específicas que regulamentam as operações com elas no país: a Medida Provisória nº 2.200-2/2001 e a Lei nº 14.063/2020.  

Sendo assim, caso as partes escolham utilizar alguma dessas modalidades na receita agronômica complementar, é preciso que a assinatura seja feita conforme as diretrizes dessas duas legislações. 

Ademais, a IN nº 002/2024 também especifica alguns pontos para que elas sejam consideradas válidas:  

  • Assinatura eletrônica: deve ser possível verificar a autenticidade da assinatura do emissor;  
  • Assinatura digital: deve ser certificada por empresa habilitada junto ao Sistema Nacional de Certificação Digital.  

Para verificar a validade de ambas as assinaturas, é necessário que a receita agronômica complementar tenha um endereço eletrônico, com a devida chave de verificação, para conferência do documento físico. 

Neste contexto, vale ressaltar que a via física da receita é exigida pelo Indea-MT mesmo no caso de receitas agronômicas emitidas de forma eletrônica.    

A receita, quando assinada digitalmente, que não constar o local para conferência da autenticidade da assinatura digital ou eletrônica será considerada inválida.  

Como emitir e assinar a receita agronômica complementar pelo AgriQ? 

O AgriQ, solução da Aliare especializada em receituários agronômicos, disponibiliza a emissão da receita agronômica complementar pela plataforma online ou pelo aplicativo.    

Uma das vantagens de utilizar o AgriQ é o portal de receitas para gestão do histórico, disponível na plataforma. A funcionalidade facilita o vínculo da receita agronômica complementar ao receituário utilizado para a compra do agrotóxico. 

Além disso, o AgriQ também disponibiliza outras funcionalidades que facilitam o dia a dia do responsável técnico, como:   

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 Gostou deste conteúdo? Aproveite e confira nosso artigo sobre receita agronômica complementar para saber mais sobre o tema. 

Julie Tsukada

Jornalista e Analista de Conteúdo no Conexa, hub de inovação da Aliare.

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